Nascido no interior de Minas Gerais, na cidade de Cataguases, berço do Movimento Verde e também terra natal de Humberto Mauro – pai do cinema brasileiro, o Dr José Gilberto de Brito Henriques foi o primogênito de uma família de três irmãos. Pai Médico Veterinário e mãe Professora de Geografia, mudaram-se para outra cidade do interior mineiro, Ponte Nova. Lá os estudos até a 8a série, então último ano do ensino básico.
Aos 14 anos, com o apoio de seu pai, fez o concurso público seletivo para o COLUNI, o Colégio Universitário da Universidade Federal de Viçosa. Até os dias de hoje o COLUNI é um dos mais bem conceituados colégios de ensino médio do Brasil, haja vista os repetidos rankings desde o início do ENEM. Escola pública de qualidade permitiu a vinda do então estudante secundarista para a capital do estado.
A vinda para Belo Horizonte foi adiantada por uma longa greve das universidades públicas. O medo de atrasar o momento do vestibular fez com que chegasse em plena metade do ano letivo no colégio Marista Dom Silvério, onde sua tia-mãe trabalhava há anos como professora. Um mundo todo novo. Valores, desafios, mas também oportunidades!
Nesse momento de vida, a música, que já o acompanhava desde os estudos de piano em Ponte Nova, aos sete anos, aflorou. Iniciou o contato com diversos instrumentos, montou sua banda, cantou por muitos anos em Coral. A música continua sendo uma paixão que disputou a escolha para o vestibular com a Medicina! Também nesse momento o vínculo com o esporte se fortaleceu. Foram diversas competições em diferentes esportes. Isso veio da herança cultural iniciada na infância. O basquete, o Jiu-jitsu, a seleção mineira de handebol, deram o modo de agir para os esportes que ainda viriam a povoar o dia a dia!
Nesse momento da juventude, o futuro Dr Gilberto Henriques ingressa em uma das melhores faculdades de Medicina do país. A Universidade Federal de Minas Gerais abria as portas para um novo membro que nela continuaria por 21 anos nos mais diversos postos e cargos da instituição: acadêmico, monitor oficial e voluntário, bolsista de iniciação científica, residente, mestrando, doutorando, bolsista do CAPES, professor substituto, professor adjunto, orientador de pós-graduação, preceptor da residência médica. Várias outras instituições foram importantes na formação do Dr Gilberto, mas a UFMG foi seu berço.
A faculdade de Medicina permitiu a estrutura do médico de hoje. Sempre dentre os mais empolgados com o curso de Medicina e um dos mais participativos, na disciplina de Anatomia Médica descobriu que gostava de ensinar aos colegas. Além disso, percebeu que tinha habilidade com a dissecção dos cadáveres e peças anatômicas – em um tempo em que a prática da dissecção havia nos poucos e concorridos cursos de Medicina. Nessa dinâmica, ainda no primeiro período, definiu que queria ser professor e cirurgião.
No segundo período todo o futuro se definiu. A disciplina de Neuroanatomia surgiu como uma porta para um mundo cheio de belezas, desafios, dúvidas a serem respondidas, habilidades a serem adquiridas. Todo o curso de Medicina se passou, com estágios, publicações, pesquisas, monitorias, atividades extracurriculares, intercâmbios fora do país, tudo sempre guiado para a neurologia.
Terminada a graduação, o maior desafio: a prova de residência. A única vaga para a residência médica no Hospital das Clínicas da UFMG foi preenchida! O treinamento para a especialização médica aconteceu em um serviço de referência para todo o país.
A exemplo do ocorrido na graduação, a decisão pela área de atuação em pediatria foi precoce. A escolha por estágios na neuropediatria, as pesquisas, as publicações, os fellows em diferentes serviços permitiram a estruturação do conhecimento que resultou em sua dissertação de mestrado e na tese de doutorado. Os títulos: “Lesões menores de pele como marcadores de disrafismos espinhais ocultos em recém-nascidos”, defendida e aprovada em 2006, publicada na revista Surgical Neurology; “Expansão aguda transoperatória da pele por tração das bordas da ferida para fechamento das mielomeningoceles” defendida e aprovada em 2008 e publicada na mais conceituada revista de Neurocirurgia do mundo, o Journal of Neurosurgery, conferiram ao Dr Gilberto os títulos de Mestre e Doutor, respectivamente. O mestrado foi concluído em oito meses. O doutorado em um ano e dois meses. O mais jovem doutor do Departamento iniciava sua carreira docente na Faculdade de Medicina da UFMG. Publicações, estruturação do serviço de pediátrica do HC-UFMG, viagens e cursos de formação, palestras em diversos congressos. A vida era um turbilhão naquele momento.
Terminada a residência médica foi natural o início das atividades assistenciais. O convite para integrar equipes de grandes hospitais em Belo Horizonte coexistiram com o início da atividade docente em cursos de Medicina. A carreira docente foi exercida em diferentes faculdades de Medicina públicas e privadas. Coordenou disciplinas e curso de Medicina, a preceptoria nas residências médicas e em pós-graduações resultaram no “Manual de Neuroanatomia Clínica”. O livro foi escrito no prazo de um ano e traduziu toda a dinâmica de ensino do Professor Gilberto Henriques. O livro está em sua segunda edição. Quando lançado recebeu o prêmio da Academia Mineira de Medicina como o melhor livro didático. É utilizado em diferentes faculdades e cursos pelo Brasil.
Assim seguiu a vida. Com o tempo as seleções foram feitas. Todas as paixões vividas pelo Dr Gilberto Henriques repentinamente foram amenizadas frente à sua maior dedicação de hoje. Sua filha nasceu em 2016!
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